Não há como definir a função do teatro, ele vai além de definições, de suposições, de conceitos traçados ao longo dos séculos, dos milênios. Se perdeu ou não, espaço e importância ao longo desse tempo, mantiveram-se intactos os recursos expressivos e sua poética, mais ainda, perante novas circunstâncias houve o enriquecimento decorrente de novas possibilidades. Possibilidades que surgem a cada meio século, a cada década, a cada dia. Possibilidades que fazem reforçar que o teatro tem força inesgotável, sempre mutável, preparado para o surgimento e explosão de novas linguagens, novas estéticas, novas atmosferas, novas dramaturgias, novas interpretações. É e sempre vai ser um terreno vasto, que jamais se esgotará por si só. O teatro é vivo e infinito.
Para a IV Mostra Capiba de Teatro, houve um direcionamento na escolha de espetáculos que ao longo do processo de montagem investiram na pesquisa, buscando não apenas um produto como resultado, mas interessados a discutir propostas, conceitos, tendências, enfim, munidos de argumentos para que se possa haver diálogo.
Este ano a Mostra Capiba deixa de ser competitiva e ganha um caráter mais formativo. Foram convidados oito espetáculos e a leitura dramatizada “As Suas Mãos Onde Estão” ou “Quando Aquiles Sangrou”. Teremos três críticos que farão seus comentários diariamente no blog: mostracapibadeteatro.blogspot.com, além do lançamento do livro “Fora de Cena” de Luís Reis. Buscamos assim, fomentar um espaço para apreciação artística e a discussão em torno da obra de arte.
Venham todos para esse encontro de talentos no palco do Teatro Capiba. Que Dionísio permita a embriagues através da grandiosidade do palco e dos mistérios escondidos por trás das cortinas. Evoé.
Breno Fittipaldi
Supervisor de Cultura
SESC Casa Amarela
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